De condóminos e “condemónios” todos temos um pouco

13 perfis de condóminos

Lidar com condóminos pode ser um verdadeiro desafio. Mesmo para quem tem larga experiência na administração de condomínios, por vezes todos os esforços são insuficientes para se conseguir lidar com alguns condóminos. E porquê? Será que correspondem ao mesmo tipo de perfil?

Nas assembleias, na cobrança de quotas ou nas rotinas de manutenção, entre outras situações da gestão de condomínios, revelam-se os perfis de condóminos. Uns proprietários facilitam o trabalho, outros só levantam obstáculos.

Todos nós já lidamos com muitos condóminos diferentes. Será que se encaixam num destes perfis ? Ou têm um pouco de todos?

con·dó·mi·no

  1. Aquele que, com outrem, tem parte numa propriedade
  2. Cada um dos proprietários de uma fração num prédio, geralmente de um apartamento.

Fonte: dicionario.priberam.org

O baldas: os outros que tratem

Os outros que tratem dos assuntos do prédio e, já agora, que paguem o necessário. Um dia, diz ele, há de acertar contas. Não lhe falta dinheiro, mas tem as suas prioridades! E este é o “baldas” conhecido.

Há depois aquele que deixa marcas de desleixo sem ser visto: a porta da rua aberta; os papéis no chão; a mancha de lixo deixada no elevador; a mangueira da garagem usada e por arrumar.

Esquece-se é que é gato com o rabo de fora…

O zen: “vai ficar tudo bem”

Foi a primeira a colocar o arco-íris “vai ficar tudo bem” na janela. À administração e aos outros condóminos faz chegar abaixo-assinados a favor de diferentes causas sociais e ambientais, tenham ou não a ver com o condomínio. Honra lhe seja feita, usa do mesmo entusiasmo para propor e aceitar melhorias no prédio.

Acredita no sorriso e pratica a simpatia. Nós agradecemos.

O veterano: o mais antigo do prédio

O sr. Pereira é dos proprietários mais antigos do prédio. Durante anos, assumiu a gestão do condomínio, pelo que nenhum dossiê lhe é estranho. Guarda registos físicos de tudo: a seu ver, nada substitui o papel. Apesar de resistir ao digital, é um condómino informado e, sobretudo, está cá para informar quem for preciso.

Conhece as “dores” do imóvel – e sofre com ele, por isso merece respeito e atenção.

O desconfiado: todos são enganadores.

Examina tudo a pente fino para procurar uma falha que dê razão à desconfiança. Manifesta uma alegria mal disfarçada quando deteta um erro ínfimo.

Duvida dos orçamentos, das decisões e das motivações quer do administrador do condomínio, quer dos outros condóminos. Desconfia da qualidade dos serviços; põe em causa o trabalho e a honestidade dos técnicos.

Alegria mal disfarçada ao erro ínfimo? É o desconfiado

O prestável: sempre disponível

Já nos habituamos às assembleias no 3.º D: o prédio não tem sala de reuniões e a Isabel oferece a casa. É um dos seus muitos gestos de boa vontade.

Acompanha o que se passa no condomínio, sem ser intrusiva, e avisa a administração sobre qualquer imprevisto. Reporta ocorrências, acompanha as equipas técnicas, se for preciso.

É o elemento facilitador da comunicação entre os vizinhos.

O ego grande: o melhor do prédio

É importante porque é proprietário e ponto. Até nas reuniões com os demais condóminos, age como se o mundo lhe devesse prestar vassalagem. Nesta altivez, desconsidera as propostas que não o privilegiam especialmente. Cumprimenta por favor o administrador e despreza as equipas de manutenção.

Tem dificuldade em entender o conceito de “bem comum”. 

12 perfis de condóminos

O fantasma: um nome e pouco mais

A fração Z foi vendida e na respetiva caixa do correio avolumam-se as cartas. Uma vez por mês, alguém areja o apartamento, recolhe a correspondência e sai como entrou, sem deixar pistas. O “fantasma” ignora as tentativas de comunicação da administração. Abre os mails que recebe, mas nunca responde. Paga as quotas por transferência bancária.

Não opina, não vota nas decisões. Dele há um nome e pouco mais.

O do contra: discorda sempre

Por princípio, nunca está a favor. Das pequenas mudanças, que não envolvem gastos, às intervenções maiores, é um opositor inveterado a tudo o que se pretenda fazer. É contra obras de qualquer espécie e se o resultado final até o satisfaz, jamais o confessará. Nunca aprova os orçamentos.

Discorda das iniciativas da administração e dos outros condóminos, mas também nunca se propõe a fazer melhor.

 

O sabe-tudo: impõe a sua opinião

Entra nas reuniões armado de argumentos, disposto a impor a sua opinião. O ar de quem domina todas as matérias é de tal modo convincente que pode intimidar ou influenciar outros condóminos.

Aprecia-se como o protagonista e tenta liderar, semeando a instabilidade e a dispersão. Quando é rebatido por quem tem competência técnica, vacila, mas não desarma: há de voltar à carga, é deixá-lo refazer-se…

Ar de quem domina todas as matérias? É o sabe-tudo

O barulhento: gritaria e música alta

A proprietária do 1.º Esq. é a prova de que quem vê condóminos pode não ver vizinhos. Pela forma como está nas assembleias, parece uma pessoa pacata; em casa, a julgar pelas queixas, não dá sossego aos outros moradores.

São festas, gritaria, portas fechadas com força… Uma e outra vez, lá tem o administrador de lhe pedir para ter cuidado com o barulho.

Os vizinhos dizem que é provocação, ela jura que não.

O equilibrado: assume direitos e deveres

Eis o condómino que defende os seus direitos, mas também cumpre com as suas obrigações. Se algo no condomínio corre mal, tenta perceber porquê antes de tecer comentários. Ou seja, só critica com conhecimento de causa – e sempre no registo adequado. Respeita os pedidos e avisos da administração. Participa nas assembleias, sendo cortês a defender as suas posições.

Não é uma fonte de problemas, mas de soluções.

O reservado: nunca toma a palavra

A possibilidade de participar nas assembleias via internet é uma bênção para este discreto condómino. É presença assídua nas reuniões, mas raramente toma a palavra – apenas fala se for interpelado ou quando sente uma absoluta necessidade de intervir (e no caso, mostra ter conhecimento de causa). A sua reserva pode impedi-lo de fazer sugestões e participar mais na vida do condomínio.

Raramente toma a palavra? É o reservado.

O agressivo: com duas pedras na mão

Reage a tudo com duas pedras na mão. Nas assembleias – aliás, em qualquer comunicação com a administração– perde a calma quando o assunto não é da sua conveniência. Contesta num tom agressivo as deliberações, tenta impugnar decisões, ameaça com processos e se puder parte para o boicote, semeia a discórdia.

Claro, envia mails cheios de cólera quando lhe é pedido que pague quotas em atraso.

Como agradar a todos?  O que fazer?

Respirar fundo, contar até mil e continuar. Por mais diplomata, cordato e diligente que se seja, dificilmente se agrada a todos. Numa missão quase impossível, conforme a situação, há que assumir o papel de conselheiro, confidente, psicólogo, conciliador, advogado, economista, técnico de obras ou de manutenção, socorrista, etc. Mesmo assim, há aqueles dias em que nada agrada a um “condomónio”.

Reconhece algum destes perfis que apresentamos? Lembra-se de algum em particular? Envie-nos algumas das situações que ficaram gravadas na sua memória, por boas ou más razões.

®IMPROXY, Lda | Todos os direitos reservados.
Política de Privacidade | Termos de uso | Resolução Alternativa de Litígios

Morada: Rua Dr. Ilídio Sardoeira, 28C - sala 1.1
4400-107  V. N. GAIA . PORTUGAL

Contactos: comercial@improxy.com
+351 223 749 100 (Chamada para a rede fixa nacional)