Condóminos ou "condemónios"?
13 tipos de condóminos e como sobreviver a eles
Condóminos ou “condemónios“?
13 tipos de condóminos e como sobreviver a eles
Lidar com condóminos pode ser um verdadeiro desafio. Nas assembleias, na cobrança de quotas ou nas rotinas de manutenção, os condóminos revelam-se e o administrador tem de desdobrar-se para agradar a todos.
Se trabalha em gestão de condomínios, certamente já conheceu muitos condóminos diferentes. Uns proprietários facilitam o trabalho, outros só levantam obstáculos. Neste guia traçamos o perfil dos 13 tipos de condóminos mais comuns e damos-lhe algumas dicas para lidar com eles.
con·dó·mi·no
- Aquele que, com outrem, tem parte numa propriedade
- Cada um dos proprietários de uma fração num prédio, geralmente de um apartamento.
Fonte: dicionario.priberam.org
O baldas: os outros que tratem
Os vizinhos que se preocupem com os assuntos do prédio e, já agora, paguem o necessário. Um dia, diz ele, há de acertar contas. Não lhe falta dinheiro, mas tem as suas prioridades! É o “baldas” assumido.
Há depois o “baldas” escondido, que deixa marcas de desleixo sem ser visto: a porta da rua aberta, papéis no chão, manchas de lixo no elevador ou a mangueira da garagem usada e por arrumar.
Esquece-se é que é um gato escondido com o rabo de fora…
O zen: por ele, está tudo bem
Foi o primeiro a colocar o arco-íris “vai ficar tudo bem” na janela na altura da pandemia. À administração e aos outros condóminos faz chegar abaixo-assinados a favor de diferentes causas sociais e ambientais, tenham ou não a ver com o condomínio. Honra lhe seja feita, usa do mesmo entusiasmo para propor e aceitar melhorias no prédio.
Tem sempre um sorriso e pratica a simpatia. Nós agradecemos.
O veterano: o mais antigo do prédio
O Sr. Pereira é dos primeiros proprietários do prédio. Durante anos, assumiu a gestão do condomínio, pelo que nenhum dossiê lhe é estranho. Guarda registo físico de tudo: para ele, nada substitui o papel. Apesar de resistir ao digital, é um condómino informado e, sobretudo, sempre pronto para informar quem for preciso.
Conhece bem as “dores” do imóvel. Por isso, merece respeito.
O desconfiado: todos o querem enganar
Examina tudo a pente fino para encontrar uma falha que dê razão à sua desconfiança e manifesta uma alegria mal disfarçada se deteta um erro mínimo.
Duvida dos orçamentos, das decisões e das motivações do administrador do condomínio e outros condóminos. Desconfia da qualidade dos serviços, põe em causa o trabalho e a honestidade dos técnicos.
Alegria mal disfarçada se vê um erro ínfimo? É o desconfiado.
O prestável: está sempre disponível
Já nos habituamos às assembleias no 3.º Direito: o prédio não tem sala de reuniões e a Isabel oferece a casa. É um dos seus muitos gestos de boa vontade.
Acompanha o que se passa no condomínio, sem ser intrusiva, e avisa a administração sobre qualquer imprevisto. Reporta ocorrências e acompanha as equipas técnicas, se for preciso.
Facilita a comunicação entre os vizinhos.
O ego grande: é o melhor do prédio
É importante porque é proprietário e ponto. Até nas reuniões com os demais condóminos, age como se o mundo lhe devesse prestar vassalagem. Nesta altivez, desconsidera as propostas que não o privilegiem especialmente. Cumprimenta por favor o administrador e despreza as equipas de manutenção.
Tem dificuldade em entender o conceito de “bem comum”.
O do contra: discorda sempre
Por princípio, nunca está a favor. Das pequenas mudanças que não envolvem gastos, às intervenções maiores, é um opositor inveterado a tudo o que administração do condomínio ou os outros condóminos pretendam fazer. É contra obras de qualquer espécie e, mesmo que o resultado final o satisfaça, jamais confessará. Nunca aprova os orçamentos porque há sempre algo com que não concorda.
Discorda de todos, mas também nunca se propõe a fazer melhor.
O sabe-tudo: impõe a sua opinião
Entra nas reuniões armado de argumentos, disposto a impor a sua opinião. O ar de quem domina todas as matérias é de tal modo convincente que pode intimidar ou influenciar outros condóminos.
Aprecia-se como o protagonista e tenta liderar, semeando a instabilidade e a dispersão. Quando é rebatido por quem tem competência técnica, vacila, mas não desarma: há de voltar à carga, é deixá-lo refazer-se…
Ar de quem domina todos os assuntos? É o sabe-tudo.
O barulhento: música alta e portas a bater
A proprietária do 1.º Esquerdo é a prova de que quem vê condóminos pode não ver vizinhos. Pela forma como está nas assembleias, parece uma pessoa pacata. Em casa, a julgar pelas queixas, não dá sossego aos outros moradores.
São festas, gritos, portas fechadas com força… Uma e outra vez, lá tem o administrador de lhe pedir para ter cuidado com o barulho.
Os vizinhos dizem que é provocação, ela jura que não faz barulho.
O equilibrado: assume direitos e deveres
Eis o condómino que defende os seus direitos, mas também cumpre as suas obrigações. Se algo no condomínio corre mal, tenta perceber porquê antes de tecer comentários. Ou seja, só critica com conhecimento de causa — e sempre no registo adequado. Respeita os pedidos e avisos da administração. Participa nas assembleias, sendo cortês a defender as suas posições.
Não é uma fonte de problemas, mas de soluções.
O reservado: nunca toma a palavra
A possibilidade de participar nas assembleias via internet é uma bênção para este discreto condómino. É presença assídua nas reuniões, mas raramente toma a palavra — só fala se for interpelado ou quando sente uma absoluta necessidade de intervir (e no caso, mostra ter conhecimento de causa). A sua reserva pode impedi-lo de fazer boas sugestões e participar mais na vida do condomínio.
Falar nas assembleias não é com ele? É o reservado.
O agressivo: perde a calma facilmente
Reage a tudo com duas pedras na mão. Nas assembleias — aliás, em qualquer comunicação com a administração — perde a calma quando o assunto não é da sua conveniência. Contesta as deliberações num tom agressivo, tenta impugnar decisões, ameaça com processos e semeia a discórdia.
Envia emails zangados, mesmo quando tem quotas em atraso.
O fantasma: um nome e pouco mais
A fração Z foi vendida e na respetiva caixa do correio avolumam-se as cartas. Uma vez por mês, alguém areja o apartamento, recolhe a correspondência e sai como entrou, sem deixar pistas.
O “fantasma” ignora as tentativas de comunicação da administração. Abre os emails que recebe, mas nunca responde. Paga as quotas por transferência bancária.
Não opina, não vota. Dele sabe-se o nome e pouco mais.
Como lidar com todos estes condóminos?
Respirar fundo, contar até mil e continuar. Mesmo naqueles dias em que nada resulta e os condóminos transformam-se em verdadeiros “condemónios”.
Por mais diplomata, cordato e diligente que se seja, dificilmente se agrada a todos. Numa missão quase impossível, conforme a situação, há que assumir o papel de conselheiro, confidente, psicólogo, conciliador, advogado, economista, técnico de obras ou de manutenção, socorrista, e o que mais for necessário!
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